Migo Green, a vida é verde!

e por isso, junto aos carnês de pagamento, distribuímos sementes de arvores nativas brasileiras para que você plante mais saúde, mais vida e mais verde. São três tipos de sementes, Ipê-branco, Saguaraji e Lobeira, na qual você pode ter mais informações a baixo.

Ipê-branco

Ipê-branco é brasileiro e o nome vem do tupi-guarani

ipê-branco é a grande noiva das árvores: passa o ano todo se preparando para surgir de branco numa festa que, infelizmente, dura pouco. Quando chega o auge de sua floração, entre julho e setembro, sua copa fica pelada de folhas, mas cobertas de flores alvas. Se passar por um ipê-branco florido, fotografe – dali a menos de uma semana a árvore estará completamente nua e o chão ao redor com aquela cara de fim de festa.

Essa bela árvore brasileira tem tanto o seu nome botânico quando o popular originários do tupi-guarani. "Ipê" significa "árvore de casca grossa", enquanto "tabebuia" quer dizer simplesmente "pau".

Espécie típica do cerrado, ela tem o característico tronco tortuoso e as raízes profundas. As flores são em forma de trompete, com pétalas muito brancas e centro amarelo. Logo em seguida surgem vagens longas de cor verde, com numerosas sementes achatadas, muito leves, facilmente dispersas pelo vento.

Trata-se de uma árvore de excelência para uso paisagístico nas cidades, ainda que no início seja uma mudinha de aparência raquítica, com poucos ramos e folhas. À medida que vai crescendo e se ramificando, o ipê-branco adquire porte e elegância, com uma copa piramidal e cheia, fornecendo sombra fresca nos meses quentes. No outono, ela se despe totalmente das folhas, com um efeito dramático e também útil, já que assim permite a passagem da luz solar para nos aquecer. Por não ter raízes agressivas e não atingir grandes dimensões é excelente para embelezar calçadas, parques e praças.

Como germinar e o melhor local para plantar o ipê-branco

Assim como os outros ipês, se desenvolve bem em local ensolarado. É pouco exigente quanto à fertilidade da terra, mas não aprecia solo pesado, que acumule muita água. Torna-se muito resistente à seca depois que está bem estabelecido, portanto, irrigue bem no primeiro ano de implantação.

propagação do ipê-branco se dá por sementes. Elas devem ser colhidas assim que as vagens iniciam sua abertura natural (processo chamado "deiscência"). Como rapidamente perdem o poder germinativo, não perca tempo e semeie-as logo em sementeiras ou saquinhos, a pouca profundidade e em substrato mantido úmido o tempo todo sem, no entanto, encharcar. A germinação é rápida e geralmente ocorre de oito a 20 dias. As mudas estão prontas para o transplante ao local definitivo com quatro meses.

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Saguaraji

Nome Científico: Rhamnidium elaeocarpum Reissek 

Nome Popular: Saguaraji, saguaraji-amarelo, cafezinho, tarumaí, azeitona, cabrito, cabriteiro.   

Família Botânica: Rhamnaceae 

Distribuição Geográfica e Habitat: Nativa do Brasil, ocorrendo principalmente na Mata Atlântica de Pernambuco ao Rio Grande do Sul. Encontrada também na Bolívia, Argentina, Equador, Paraguai e Peru.      

Características Gerais: Planta com até 15 m de altura, caducifólia. Tronco: ereto, revestido por casca rugosa, de coloração marrom, com ramificação cimosa, com ramos de pubescentes a glabros. Folhas: simples, opostas, de membranáceas a cartáceas, de formato elíptico-oblongo, base obtusa, ápice acuminado, margens ligeiramente revolutas, face adaxial glabra, brilhante e, abaxial velutínea, pubescente a pubérula, com glândulas punctiformes. Flores: pequenas, pubescentes, dispostas em tirsos axilares. Frutos: são drupas pequenas, com cerca de 1 cm, pouco alongada, de cor negra a violácea, polpa fina e sucosa, fina, de sabor adocicado, agradável, contendo uma única semente.

Clima: Pode ser encontrada em temperaturas entre 15,5 a 27,2 °C, com chuvas periódicas em toda a área de ocorrência. O regime de precipitação pluvial média anual pode ocorrer desde 435 mm em Pernambuco, a 1.900 mm no Paraná. Geadas pouco frequentes. 

Solo: Prefere solos de alta fertilidade, tanto em solos rasos como profundos, arenosos ou argilosos, de drenagem lenta, não tolerando encharcamento. 

Usos: Possui propriedades antiúlcerativas podendo ser utilizada para reduzir o prurido das gengivas de crianças no início da dentição. Indicada no paisagismo de alamedas de praças e jardins e, como arbusto ornamental em áreas de lazer. É interessante para ser usada na recuperação de áreas degradadas.

Fenologia: Floresce durante os meses de outubro-novembro. Os frutos amadurecem no período de dezembro-março.

Cultivo: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. Em seguida deixá-los em repouso por alguns dias até iniciar o processo de decomposição para facilitar o despolpamento em água corrente. Pode-se também utilizar os frutos diretamente para a semeadura, não havendo necessidade de despolpá-los. Entretanto, quando se deseja armazená-los ou remetê-los para outros locais, é conveniente despolpá-los e secar levemente as sementes. Colocar as sementes para germinar, logo que colhidas, em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso, cobrindo-as com fina camada do substrato peneirado e regá-las diariamente. A germinação é total para sementes novas. O crescimento das plantas no campo é moderado.

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Lobeira

Nome popular: Lobeira, fruta de lobo, beringela.

Nome científico: Solanum lycocarpum.

Família: Solanaceae.

Grupo ecológico: Pioneira.

Ameaça de extinção: Não ameaçada.

Origem: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espirito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins.

Locais de ocorrência: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste, Sul.

Onde plantar: Pomares domésticos e ambientes rurais.

Luminosidade: Sol Pleno

Solo de plantio: Todos os Tipos

Porte da árvore: De 0 a 5 metros

Utilidades: Caixotaria, Carvão, Frutíferas Comestiveis, Lenha

Madeira: Leve, macia ao corte, de textura média, grã direita, de baixa resistência e muito sujeita ao apodrecimento.

Tronco: Tronco tortuoso e cilíndrico, de 15-30 cm de diâmetro, com casca grossa e fissurada longitudinalmente.

Folha: Folhas simples, alternas, pecioladas, cartáceas, de margens onduladas, levemente discolores, argênteo-tomentosas e puberulentas em ambas as faces, providas de espinhos ao longa da raque e pecíolo, de 14-22 cm de comprimento por 6-10 cm de largura.

Flor: Flores solitárias ou em pequenas panículas terminais.

Fruto: Fruto baga globosa, tomentosa, de cor verde-amarelada mesmo quando madura, de 8-15 cm de diâmetro, com polpa carnosa e suculenta.

Fruta comestível: Sim

Potencial paisagístico: Não possui um perfil paisagístico.

Fenologia: Floresce durante quase todo o ano, com predominância durante o inverno. Os frutos amadurecem na primavera.

Propriedades medicinais: Sim. É utilizada na medicina caseira do interior do país principalmente como diurética, calmante, antiespasmódica, antiofídica e antiepilética. O chá de suas folhas em decocção é indicado contra afecções das via urinárias, cólicas abdominais e renais, espasmos e epilepsia. O amido dos frutos é utilizado para o tratamento do diabetes. O suco dos frutos é aplicado externamente para eliminação de verrugas. Os frutos assados e quentes são indicados em aplicação direta sobre órgãos atrofiados para a sua reconstituição. O chá de suas flores por decocção em uso interno é indicado contra hemorroidas.

Tempo médio de emergência: 3 a 4 semanas.

Sementes por quilo: 65700.

Sementes por pacote: 16425.

Sementes por cova: 2.

Mês de coleta: Setembro.

Classificação: Recalcitrante.

Quebra de dormência: Não apresenta dormência.

Como plantar: Colocar as sementes para germinar, logo que colhidas em canteiros a pleno sol contendo substrato arenoso. E seguida cori-las com uma fina camada do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia.